terça-feira, 30 de junho de 2015

FALTA DE ATIVIDADE FÍSICA PODE AFETAR O EQUILÍBRIO DE IDOSOS


Você sabia que a falta de atividade física pode afetar o equilíbrio? 



Isso é o que mostra um estudo feito pela Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo em parceria com o Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul (Celafiscs). De acordo com a pesquisa, o sedentarismo pode atingir diretamente o funcionamento do metabolismo, a capacidade de locomoção e o equilíbrio de idosos. O estudo foi feito com cerca de 300 mulheres, com idade acima de 50 anos. Os testes comprovaram que a capacidade de equilíbrio em mulheres sedentárias, com mais de 70 anos, é 78,8% menor do que as com idade entre 50 e 59 anos.


De acordo com o médico Fabrício Franco Naves, especialista em Medicina Esportiva pela Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte e do corpo clínico do Hospital Orthomed Center, a falta de atividade física em pessoas da terceira idade atinge diretamente a qualidade de vida do paciente, já que o envelhecimento está relacionado à perda de força muscular, diminuição da função sensitiva e também a uma resposta sensoriomotora prejudicada. “A prática de exercícios físicos é um fator decisivo para que esses problemas que aparecem lentamente com o avançar da idade, sejam minimizados”.

Uma das consequências da perda do equilíbrio em mulheres com idade acima 70 anos está diretamente relacionada com a maior suscetibilidade à quedas. “Deficiências físicas que chegam com a idade, como ossos mais frágeis, menos força muscular e um menor controle sensoriomotor, quando associadas ao sedentarismo e à outras doenças, como a diabetes, doença vestibular, AVE (acidente vascular encefálico), cardiopatias e hábitos como tabagismo e ao uso de bebidas alcoólicas, aumentam, e muito, o risco de quedas e fraturas”, explicou o médico Fabrício Naves que ainda acrescentou, “com testes simples que avaliam flexibilidade, equilíbrio e velocidade, e que são facilmente realizados em consultório, pode-se detectar quem possui um risco maior de quedas e assim interferir precocemente, tornando o idoso mais independente”.

Naves lembra que as fraturas e as quedas são considerados acidentes traumáticos na vida de um idoso, isso porque geralmente estão associados a longos períodos de inatividade, depressão e risco de infecção hospitalar quando submetidos à correção cirúrgica da fratura e também ao medo e insegurança de uma nova queda. “É muito importante que essas pessoas se sintam seguras e independentes para realizar suas atividades de vida diária e se relacionar socialmente”, afirmou o médico do esporte que acrescentou, “pequenas mudanças na dia a dia podem mudar, e muito, a rotina de pessoas sedentárias, e talvez essa seja uma das tarefas mais difíceis que alguém possa enfrentar. Parar de fumar, beber menos, começar a praticar exercícios físicos, perdoar mais, sorrir mais, ter atitudes positivas são todos exemplos de atitudes que podem melhorar a qualidade de vida das pessoas. Difícil mesmo é começar e manter o que se propôs a fazer”, ressaltou.

Para evitar que o idoso desista após ter iniciado algum exercício físico, é importante escolher atividades que sejam prazerosas, que dá dicas de exercícios para o coração, força, flexibilidade e equilíbrio:

Para a melhora do condicionamento cardiovascular: Praticar exercícios como natação, corrida, caminhada, ciclismo, esportes de quadra e campo como peteca, vôlei, basquete e futebol, e até mesmo a dança de salão são opções interessantes.

Para aumento da força muscular: Praticar atividades como a musculação, o pilates e exercícios funcionais, que ajudam a ter mais segurança para se locomover e realizar as atividades do dia a dia

Para ganho de flexibilidade e equilíbrio: Aulas de flexibilidade, ioga e Tai Chi Chuan são boas opções. Idosos mais flexíveis conseguem executar tarefas de forma mais equilibrada porque conseguem ajustar melhor seu centro de gravidade e assim, evitar quedas.

(fonte: http://www.corposaun.com/)

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