terça-feira, 24 de maio de 2016

O PODER DA MOXABUSTÃO

BASTÃO DE MOXABUSTÃO

Uma das técnicas muito utilizadas na medicina tradicional chinesa (TCM) é a moxabustão.

É produzida a partir da erva artemísia, que é seca, enrolada, e queimada, de modo semelhante como um incenso seria queimado e, em seguida, aplicada quer diretamente ou indiretamente no paciente.

A moxabustão é usada por suas capacidades de aquecimento redirecionando o frio do corpo. Sua natureza amarga e acre também alivia a estagnação (inibição do fluxo adequado de sangue e energia), limpa o catarro e corrige o fluxo de Qi (energia) e sangue.


A moxabustão direta usa a erva seca de artemísia aplicada sobre uma superfície de um ponto de acupuntura e ou em cima de uma agulha de acupuntura. A moxa é então acesa e deixada até ser totalmente queimada. 

MOXABUSTÃO DIRETA


O tipo mais popular de moxabustão é moxabustão indireta. Moxabustão indireta usa uma forma composta de artemísia que ou é segurado na mão praticantes ou colocado em uma "caixa de moxa" onde é acesa e queimado na área desejada para ser aquecida e estimulada.

MOXABUSTÃO INDIRETA

A moxabustão é recomendada especificamente para pessoas com constituições corporais estagnadas, como as pessoas com resfriados, gripes, ombros congelados, menstruação dolorosa e doenças digestivas. Qualquer método tem o mesmo princípio, para dissipar ou remover frio e umidade que está dentro do corpo e quente e estimular as vias de energia e para facilitar a suave circulação do sangue e do Qi (energia). Possui ação analgésica, vasodilatadora e anti-inflamatória e auxilia no tratamento e prevenção de diversas síndromes energéticas ou disfunções tais como:
  • Dores musculares e articulares;
  • Desânimo;
  • Problemas respiratórios;
  • Depressão;
  • Diarréia;
  • Distúrbios físicos e mentais;
  • Frigidez;
  • Impotência sexual;
  • Problemas digestivos;
  • Problemas menstruais;
  • Resfriados;
  • Estresse;
  • Labirintite;
  • Entre muitas outras.

quinta-feira, 19 de maio de 2016

SOMATIZAÇÃO: QUANDO O CORPO FALA PARA A MENTE ESQUECER

Achei bem interessante e leve a abordagem do professor Daniel Coriolano, da graduação de medicina da Universidade de Fortaleza. Retransmito aqui, com respeito.
Se quiserem ler mais sobre ele, sua página é http://danielcoriolano.com.br/





"Outro dia uma pessoa perguntou o que é somatização. Embora um termo bastante usado na medicina, traduzir em palavras mais fáceis de serem entendidas talvez seja um desafio.

Na ocasião em que fui questionado, falei que somatização é a manifestação de sintoma (ou sintomas) que não se encontram explicações físicas para sua ocorrência.

Citei o seguinte exemplo:

– Imagine uma criança cujo pai trabalha em outra cidade e todos domingos precisa viajar e retorna apenas na sexta-feira seguinte. A mãe chega ao consultório e diz que todos os domingos pela manhã seu filho de 8 anos tem apresentado febre. O médico de família neste caso, e após excluir outras causas, considera fortemente a possibilidade de somatização. A criança apresenta os quadros febris em virtude do sofrimento ao perceber a iminência de mais uma viagem do seu pai que ficará mais uma semana fora de casa.

A definição mais atraente aos meus olhos e, até de certo modo filosófica, é apresentada no “Manual de Medicina de Família e Comunidade” de McWinney.

A somatização é o modo como as emoções são traduzidas enquanto sintomas físicos, para os quais se busca assistência médica

Achei esta definição genial! Simples e direta ao ponto. Uma perfeita tradução do que eu já imaginava de forma desorganizada. Provavelmente por isso me identifiquei tanto.

Se a teoria já é desafiadora, imagina a prática… O “nó” que é a somatização na cabeça de nós médicos ali na agonia de um plantão, ou mesmo na pressão do excesso de pacientespara serem atendidos ambulatorialmente. Não tem cristão que lembre (claro que muitos lembram… quis apenas enfatizar que é um raciocínio que exige um certo felling) da tal somatização. Medicalizar o paciente torna-se uma conduta bem atraente e tentadora.

Nestes casos de somatização, cabe ao médico conseguir captar o fato e “juntar as pontas”. Expor ao paciente sobre as possibilidades. Informar que o seu sintoma pode estar fortemente relacionado ao sofrimento que ele está passando.

Do paciente, espera-se um inicial ou total entendimento do que o médico propõe.

De outra forma a medicalização e a realização de exames complementares ficambanalizados. Se não houver aceitação por parte do paciente e/ou disponibilidade/competência por parte do médico, o único caminho a ser seguido não será o que necessariamente ajudará o nosso paciente.

A nossa tendência de analisar sobre a visão restrita “biomédica“, biologicista, ou centrada em doenças (e não na pessoa), pode contribuir para implementação de condutas desnecessárias.

É normal sentir as emoções no corpo. O problema… é a incapacidade de fazer a ligação entre a emoção e as sensações físicas. (McWinney)"

quarta-feira, 11 de maio de 2016

COMO PROBLEMAS EMOCIONAIS SE TRANSFORMAM EM DOENÇAS?

 (Foto: inforgráfico | Erika Onodera/Editora Globo)


A ideia de que fenômenos emocionais levam a alterações físicas é antiga. Em 1628, o anatomista inglês William Harvey (1578-1657) observou que todo mal-estar sentido na mente era direcionado para o coração. Hoje se sabe que o inconsciente interpreta e responde ao que chega ao cérebro por meio das terminações nervosas do corpo. É o que acontece quando levamos um susto, por exemplo.

Contra uma possível ameaça, o cérebro dispara reações para enfrentá-la ou fugir dela. “O coração acelera os batimentos para redistribuir o sangue para os músculos correrem ou lutarem e para o cérebro processar com rapidez toda essa situação. É por isso também que, para oxigená-los, a respiração fica mais rápida. É o chamado estresse, que envolve o sistema nervoso, hormonal e imunológico”, explica Artur Zular, presidente do Comitê Multidisciplinar de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina.

Sem a fonte estressora, o corpo volta ao normal. Mas em caso de estresse permanente as coisas se complicam: os órgãos podem se esgotar, adoecer e o sistema imunológico tem sua ação inibida, facilitando o aparecimento de asma, alergias, gastrite, infecções e problemas cardíacos.

Fontes: Artur Zular, Presidente do Comitê Multidisciplinar de Medicina Psicossomática da Associação Paulista de Medicina; Ricardo Monezi, pesquisador do Instituto de Medicina Comportamental da Unifesp; e Sérgio Hércules, vice-presidente da Associação Brasileira de Medicina Psicossomática.

O INVERNO SE APROXIMA! SINUSITE E RINITE PODEM SER TRATADAS COM ACUPUNTURA

A sinusite é uma inflamação das vias respiratórias superiores que gera sintomas como dores de cabeça, corrimento nasal e sensação...

Com a mudança de estação, diversas pessoas passam a sofrer das já conhecidas doenças de inverno como gripe, resfriado e outros problemas respiratórios. 

A sinusite e a rinite são acometimentos bem típicos desta época do ano e que atingem as vias respiratórias superiores, causando dores e bloqueios da passagem do ar na respiração. 

“No caso da sinusite, que geralmente é acompanhada de dores intensas na face e na cabeça, o tratamento pode ser feito com a eletroacupuntura, o que potencializa o estímulo e facilita a analgesia local e o desbloqueio físico e energético da face.

Na rinite, a acupuntura possibilita a redução da secreção e o descongestionamento dos seios da face. 

Com uma sessão semanal, é possível reduzir os sintomas e, com o tratamento prolongado pode-se obter um maior espaçamento das ocorrências e até a total remissão destas doenças respiratórias.

quinta-feira, 5 de maio de 2016

PACIENTES COM CHIKUNGUNYA EM FEIRA DE SANTANA TRATAM DOENÇA COM ACUPUNTURA



Há três semanas, a doméstica Roseneide Pereira voltou a se alimentar e a trocar a roupa sozinha. Gestos simples, mas que eram impossíveis de fazer por conta das fortes dores que acometiam os braços e mãos. A satisfação em relatar essa conquista veio depois das sessões de acupuntura, na Secretaria Municipal de Saúde.

Desde o último mês de abril que Roseneide enfrenta as consequências da febre chikungunya. A acupuntura, aliada a consultas com o infectologista, foi uma alternativa da Divisão de Vigilância Epidemiológica para tentar acabar com os sofrimentos dos pacientes provocados por inchaços, cãibras e dores.
“Sentia dores horríveis, que me tiravam o sono e me deixavam impossibilitada de fazer os afazeres domésticos. Nem fechar o sutiã sozinha eu conseguia, nem muito menos andar”, contou.

Além dela, outros pacientes na fase subaguda e crônica da doença estão sendo submetidos à acupuntura. São exatamente 40 pessoas, entre homens e mulheres. Eles já estão na terceira sessão de um total de dez. Para isso, tiveram atendimento com o infectologista e passaram por uma triagem. 

“São pacientes que já não respondem ao tratamento com medicamentos – analgésicos e anti-inflamatórios”, afirmou a acupunturista Arabi Xinguara. Segundo ela, esse não é um método alternativo para tratar a doença, mas uma especialidade.

“Feira de Santana é o primeiro município a usar a acupuntura em pacientes com chikungunya e eles têm apresentado uma melhora significante. O número de pessoas que não tiveram uma resposta satisfatória fica em torno de apenas 5%”, afirma.

Durante a sessão são colocadas 14 agulhas no corpo do paciente – o incômodo se assemelha a uma picada de formiga. São escolhidos pontos, aqueles considerados os melhores: entre o cotovelo e a mão, e, dos joelhos aos pés. Essas agulhas não agem necessariamente no ponto da dor. Cada uma das dez sessões previstas dura em média de 20 a 30 minutos. Elas acontecem uma vez por semana. 

A acupunturista explica que as agulhas agem na estimulação de neurotransmissores, provocando equilíbrio no corpo do paciente. Reduz edemas, diminui o processo inflamatório, melhora o sono, provoca o relaxamento muscular e, com isso, diminui os sintomas da depressão e das dores.

A técnica de enfermagem, Eliana Macedo, também está entre os pacientes submetidos ao tratamento. Ela conta que os remédios prescritos pelos médicos já não faziam mais efeito em seu organismo. “As dores eram intensas e só começaram a melhorar depois da acupuntura”, disse. 


(notícias fonte para esta publicação:http://www.feiradesantana.ba.gov.br/ e http://g1.globo.com/bahia/bahia-meio-dia/videos/v/pacientes-com-chikungunya-em-feira-de-santana-tratam-doenca-com-acupuntura/4355040/)

ACUPUNTURA: ALÍVIO PARA DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA VÍRUS


Dengue, chikungunya e zika vírus tem se tornado a tríade de doenças que mais preocupam a saúde pública atual. A dificuldade em combater os focos de reprodução do vetor transmissor, o mosquito aedes aegypti, o descaso e a desinformação, acabam por tornar a proliferação das doenças cada vez mais comum, principalmente nos grandes centros urbanos.

A atenção constante nos cuidados pessoais (uso de repelentes) e a eliminação dos prováveis focos de reprodução (através da limpeza urbana, de quintais e caixas d'água, evitando locais de acúmulo de água) serão sempre a melhor forma de se prevenir as doenças.

Nestas e em outras doenças de caráter epidêmico, ainda não existem vias eficientes de fortalecimento do sistema imunológico para sua prevenção, porém, a acupuntura é bastante efetiva no aumento do número de glóbulos brancos no sangue (fortalece o sistema imunológico) e no alívio dos sintomas, como diminuição da febre e das dores articulares e musculares e, em caso de dengue hemorrágica, redução da hemorragia.